Funceme emite aviso meteorológico para baixa umidade do ar
30 de julho de 2021 - 12:07 #calor #umidade
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) emitiu um aviso de baixa umidade do ar válido até este sábado (31). A tendência é que a área indicada no documento apresente taxas abaixo dos 15%.
A elaboração do aviso meteorológico é baseada na análise de dados dos modelos numéricos globais e regionais da Funceme, além de instituições nacionais e internacionais, bem como outros produtos de monitoramento.
O documento elaborada serve para reforçar os cuidados com a saúde, por exemplo, já que, com o tempo muito seco, Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda à população que evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre as 11h e 15h, e deve-se beber muita água, para a adequada hidratação corporal, principalmente idosos e crianças.
Climatologia
O segundo semestre do ano no Ceará é climatologicamente mais seco em relação aos primeiros meses do ano. Após a quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio, os índices de chuva são pouco expressivos, apesar da possibilidade de acumulados pontuais, a depender das condições de tempo.
De acordo com a Funceme, em julho, por exemplo, a média pluviométrica é de apenas 15,4 milímetros. Reduzindo ainda mais até a chegada de dezembro.
Diante deste cenário, em que os dias passam a ter predomínio de céu claro na maior parte do dia e um aumento da temperatura, observa-se a redução da umidade relativa do ar, que é o que chamamos de tempo seco.
De acordo com a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a umidade e a temperatura do ar são inversamente proporcionais uma à outra, ou seja, nos horários com as maiores temperaturas, principalmente no início da tarde, registra-se a menor umidade relativa do ar, principalmente no interior do estado.
“Áreas interioranas apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, explica Sakamoto.