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Baixa umidade do ar é comum no 2º semestre do ano no Ceará; saiba o porquê

12 de julho de 2021 - 14:21 # #

Quanto maior a temperatura, menor a umidade do ar (FOTO: Divulgação/Pexels)

Quanto maior a temperatura, menor a umidade do ar (FOTO: Divulgação/Pexels)

O segundo semestre do ano no Ceará é climatologicamente mais seco em relação aos primeiros meses do ano. Após a quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio, os índices de chuva são pouco expressivos, apesar da possibilidade de acumulados pontuais, a depender das condições de tempo.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em julho, por exemplo, a média pluviométrica é de apenas 15,4 milímetros. Reduzindo ainda mais até a chegada de dezembro. 

Diante deste cenário, em que os dias passam a ter predomínio de céu claro na maior parte do dia e um aumento da temperatura, observa-se a redução da umidade relativa do ar, que é o que chamamos de tempo seco.

De acordo com a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a umidade e a temperatura do ar são inversamente proporcionais uma à outra, ou seja, nos horários com as maiores temperaturas, principalmente no início da tarde, registra-se a menor umidade relativa do ar, principalmente no interior do estado.

“Áreas interioranas apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, explica Sakamoto.

Dados

Neste mês de julho de 2021, entre os municípios monitorados por Funceme e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as menores taxas de umidade do Ceará foram as seguintes:

23% – Morada Nova

24% – Jaguaruana

30% – Crateús

31% – Iguatu

44% – Fortaleza

Além dos problemas respiratórios, a baixa umidade do ar pode causar dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele, entre outros (FOTO: Ketut Subiyanto/Pexels)

Além dos problemas respiratórios, a baixa umidade do ar pode causar dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele, entre outros (FOTO: Ketut Subiyanto/Pexels)

As condições de tempo seco precisam ser observadas pois podem causar impacto na saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções: 

– Estado de observação: 40% a 31%;

– Estado de atenção: de 30% a 21%;

– Estado de alerta: de 20% a 12%.

O órgão recomenda ainda evitar a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica ainda o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e/ou água de coco.

Previsão

Para esta segunda-feira (12), há expectativa de chuva pontual entre tarde e noite nas regiões Jaguaribana e Sertão Central e Inhamuns, porém, com predomínio de poucas nuvens. Diante disto, a umidade deverá apresentar valores entre 40% e 60% em grande parte do Ceará. O mesmo é esperado para esta terça-feira (13).