Dia Mundial de Combate à Desertificação é celebrado em live com pesquisadores do Brasil e exterior
14 de junho de 2021 - 10:31 #desertificacao
A Embrapa Semiárido, em parceria com o Grupo Fundação Esquel Brasil e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), realiza nesta quinta-feira (17) uma Live Comemorativa ao Dia Mundial de Combate à Desertificação.
A transmissão abordará as dificuldades, avanços e desafios do combate à desertificação no Brasil e será realizada a partir das 9h, no canal do youtube da Embrapa (www.youtube.com/embrapa).
O evento online terá um formato de mesa-redonda, e contará com a participação de diversos pesquisadores e estudiosos do tema no Brasil e no exterior. A Funceme será representada pela agrônoma Sônia Perdigão, que palestrará às 11h.
Programação
Entre os assuntos que serão tratados estão os aspectos históricos da criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação em Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD).
Também será discutida a atuação das esferas políticas federais e estaduais sobre o tema, bem como as dificuldades para se estabelecer uma organização nacional de combate à desertificação no Semiárido nordestino.
Outro ponto que será tratado envolve os avanços técnicos-científicos para o enfrentamento dos processos de desertificação, com apresentação de experiências de sucesso no combate ao problema no Brasil.
Sobre a data
A data foi estabelecida pela Assembleia Geral da ONU, em 1994, como uma forma de conscientização sobre os impactos do processo de desertificação no mundo. De acordo com a UNCCD, desertificação é um processo de degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e a atividade humana.
No Brasil, a ocorrência de secas severas e recorrentes, bem como o processo de desertificação, é mais evidente na região semiárida, que atualmente engloba 1.262 municípios, ocupa 12% do território nacional e possui precipitação pluviométrica anual inferior a 800 mm. O bioma principal dessa região é a Caatinga, que passa pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, com mais de 27 milhões de habitantes.
Nos últimos anos, o desmatamento da Caatinga atingiu uma área equivalente ao tamanho de Portugal, a ponto de, hoje, estar com quase 50% do seu território afetado por processos acentuados e severos de desertificação.