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Área sem seca relativa no Ceará volta a crescer em fevereiro, mas situação dos açudes ainda é crítica

19 de março de 2019 - 16:34 # # # # #

Mapas comparativos de janeiro e fevereiro mostram variação dos níveis de seca (FOTO: Monitor de Secas Nordeste)

Mapas comparativos de janeiro e fevereiro mostram variação dos níveis de seca (FOTO: Monitor de Secas Nordeste)

O mapa mais recente do Monitor de Secas Nordeste indica que a área sem seca relativa no Ceará cresceu 42% de janeiro para fevereiro deste ano, isto é, no primeiro mês, a área não afetada era de 42,03% passando para 59,71%. Além disto, o nível mais grave da estiagem – seca excepcional – manteve-se sem variação.

Entre os principais fatores que contribuíram para a variação positiva foram as chuvas do começo do ano. Em janeiro, as precipitações no Estado como um todo ficaram 10,1% acima da média e, em fevereiro, 46,1%. Em ambos os períodos, as macrorregiões mais beneficiadas foram o Maciço de Baturité e os litorais de Fortaleza e Norte.

Conforme o Monitor de Secas, a área com a situação mais grave está localizada mais ao sul do Ceará, justamente onde está o Cariri, única macrorregião que apresentou chuvas abaixo da média histórica nos dois primeiros meses do ano, com -25,7% e -31,7% em janeiro e fevereiro, respectivamente.

Apesar dos números apresentados pelo mapa mais recente do processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Nordeste e em Minas Gerais, dos 155 açudes do Ceará monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 95 estão com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, principal reservatório do Estado, está com apenas 3,57% da sua capacidade total.

Diante de tal cenário, o uso consciente da água é de extrema importância, já que o prognóstico mais recente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) para o período chuvoso de março a maio de 2019 indicou 40% de probabilidade de chuvas em torno da normal climatológica, 35% para a categoria abaixo da média e 25% acima dela. Porém, os desvios percentuais no centro-norte do Estado, principalmente na faixa litorânea, tendem a ser maiores do que os observados no centro-sul.