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Com o tema ‘Prontos para o tempo, preparados para o clima’, Dia Meteorológico Mundial alerta para mudanças climáticas

23 de março de 2018 - 14:25

Nesta data em que o Dia Meteorológico Mundial é celebrado, o meteorologista da Funceme reforça o papel do órgão cearense junto ao Semiárido brasileiro.

Em determinadas regiões, mudanças climáticas vão dificultar a vida dos moradores (FOTO: Ana Figari/WMO)

‘Prontos para o tempo, preparados para o clima’ é o tema do Dia Meteorológico Mundial deste ano, comemorado sempre em 23 de março. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ele destaca a necessidade de um planejamento para as condições do dia a dia e riscos, como enchentes, bem como para a variabilidade climática natural e as mudanças climáticas de longo prazo.

O tema enfatiza o papel central da Meteorologia em decisões tão distintas que vão desde ao  fato de indicar chuvas no dia seguinte até o alerta para buscar abrigo em meio a grandes tempestades, quando plantar e colher safras e como planejar infraestrutura urbana e gestão da água para o futuro sustentável.

De acordo com a OMM, os eventos climáticos já provocaram o deslocamento de cerca de 23,5 milhões de pessoas. O risco de contrair doenças relacionadas com temperaturas altas aumentou de forma constante desde os anos 80. Hoje, 30% a população vive em locais com temperaturas potencialmente mortais durante, pelo menos, 20 dias do ano. Em meio a todo este verdadeiro “furacão’, o papel desta ciência é cada vez mais importante.

“A Meteorologia reveste-se de grande importância porque tem relação direta com as atividades, a segurança e o bem-estar do ser humano. A humanidade é vulnerável ao tempo meteorológico nas áreas da agricultura, recursos hídricos, energia, construção, transporte, entre outros. Eventos severos de tempo podem provocar inundações, deslizamentos de terra, destruição de bens materiais tais como propriedades e, ainda, perdas agrícolas, de animais e mesmo de preciosas vidas humanas. As mudanças climáticas têm o potencial de incrementar ainda mais os riscos e vulnerabilidades aos quais todos nós estamos sujeitos diante da nossa grande dependência da meteorologia e seus fenômenos”, explica o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz.

 

Semiárido

Nesta data em que o Dia Meteorológico Mundial é celebrado, o meteorologista da Funceme reforça   o papel do órgão cearense junto ao Semiárido brasileiro.

“Ela [Funceme] vem contribuindo com seus estudos e prognósticos climáticos que servem para orientar os planejamentos e ações governamentais de convivência com as dificuldades do semiárido, com repercussões positivas na economia e na sociedade locais. Grandes produtores rurais e mesmo pequenos agricultores de subsistência, enfim, a sociedade em geral pode ser beneficiada a partir das atividades em Meteorologia em favor do homem”, comenta o estudioso.

Para o Ceará, a Funceme tem um papel importantíssimo. Entre suas atividades, realizar a previsão do tempo, por exemplo, com a mais elevada precisão possível, tem contribuído para com o dia a dia do cidadão, comunidade científica e órgãos governamentais em virtude da rápida variação do tempo meteorológico sobre a região, com a grande irregularidade na distribuição das chuvas, ao longo do espaço geográfico e do tempo, que caracterizam o semiárido.

Além desta rotina diária, o órgão estadual divulga, anualmente e em duas ocasiões, a previsão climática, detalhando, em três categorias, as possibilidades de chuvas para o Estado. O Núcleo de Meteorologia da Funceme também contribui no diagnóstico e análise das condições ambientais, em geral, reinantes sobre o Semiárido, facilitando as tomadas de decisão dos governos e sociedades locais, para uma melhor convivência com a problemática da seca, que tanto afeta a população da região.

Em meio às grandes mudanças, em muitas regiões do planeta a vida pode se tornar mais desagradável e difícil. Além do importante papel da Meteorologia neste cenário, cada cidadão deve fazer seu papel para melhorar o mitigar os impactos negativos.

“As pessoas (poder público e cidadãos comuns) poderiam contribuir, tentando pôr em prática, individualmente e coletivamente, e progressivamente, as orientações técnicas dos especialistas que visam proporcionar uma maior adaptação aos impactos das mudanças climáticas, facilitando a convivência com esses impactos’, finaliza Raul Fritz.

Assessoria de Comunicação
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
Felipe Lima – (85) 98727.1557 / 98814.4194
comunicacao@funceme.br