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Funceme e Cogerh discutem eficiência da oferta hídrica do Ceará em workshop

16 de maio de 2024 - 11:40 # # # # #

Durante o evento, os participantes foram divididos em grupos para observar possíveis mudanças nas operações dos açudes (FOTO: Cogerh/Divulgação)

Durante o evento, os participantes foram divididos em grupos para observar possíveis mudanças nas operações dos açudes (FOTO: Cogerh/Divulgação)

O Grupo Metodológico para o Cálculo de Vazões (MEVAZ), composto por funcionários da Companhai de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), realizou seu 1º workshop entre os dias 15 e 16 de maio, em Fortaleza.

O evento reuniu colaboradores da área operacional das duas instituições, além da Superintedência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH,) para discutir a necessidade de metodologia padronizada para a estimativa de vazões afluentes aos reservatórios no estado, não havendo necessidade de baixar dados em bases distintas.

Essa metodologia foi desenvolvida no escopo do projeto Alocar em parceria entre a Cogerh e o Programa Cientista Chefe (FUNCAP – UFC), beneficiando o planejamento da gestão dos recursos hídricos cearenses.

“Quando temos ideia da quantidade de água disponível nos reservatórios, fica mais fácil para a população entender o quanto elas podem gastar sem prejuízo à oferta e assim atender melhor os cidadãos. O objetivo do workshop foi aproximar os colaboradores de campo do Sistema de Recursos Hídricos à pesquisa por meio do MEVAZ, para ter maior precisão dos modelos executados nas operações“, explicou Micaella Rodrigues, analista em gestão de recursos hídricos da Cogerh.

Ao padronizar as entradas de dados (precipitação/evapotranspiração/calibração dos postos) e selecionar uma forma de prover locais com baixa disponibilidade de dados (regionalização, que é transferência de conhecimento de uma área com dados para uma área sem dados – apoiada em método científico), o processo é feito de forma automatizada, reprodutível, transparente e flexível.

“Se antes cada açude tinha seu próprio estudo hidrológico de vazões afluentes, agora temos uma mesma metodologia para todos. Isso nos permite comparar reservatórios diferentes segundo a mesma base, estendo a série temporal até 100 anos. Eventos de secas e de cheias extremas que ocorreram no passado estão nessa série que alimenta a avaliação da oferta“, pontua Ályson Estácio, pesquisador na gerência de recursos hídricos da Funceme.

 O objetivo do workshop foi aproximar os colaboradores de campo do Sistema de Recursos Hídricos à pesquisa por meio do MEVAZ (FOTO: Cogerh/Divulgação)

O objetivo do workshop foi aproximar os colaboradores de campo do Sistema de Recursos Hídricos à pesquisa por meio do MEVAZ (FOTO: Cogerh/Divulgação)

Durante o evento, os participantes foram divididos em grupos para observar possíveis mudanças nas operações dos açudes nas 12 bacias hidrográficas, monitorados e operados pelas 10 regionais da Cogerh.

“Até mesmo açudes que não tinham avaliação de oferta antes, agora podem possuí-la por meio dessa nova padronização, garantindo uma mediação de conflito mais eficaz ao fornecer informações importantes à gestão, como a inclusão das mudanças climáticas“, completou o pesquisador.