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Pesquisador compara influência do Atlântico nas estações chuvosas do norte e do leste do Nordeste brasileiro

18 de maio de 2015 - 13:44

Estudo utilizou dados da Funceme e do Inmet

A tese de doutorado do pesquisador Gbekpo Aubains Honsou-Gbo, do Departamento de Oceanografia – UFPE, motivada pela observação de eventos extremos de seca e inundações na costa do Nordeste brasileiro, foi tema da palestra realizada no auditório da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), no dia 13 de maio de 2015. Aubanis apresentou o trabalho intitulado “Dinâmica do Atlântico tropical e seus impactos sobre o clima ao longo da costa do Nordeste do Brasil”. Na pesquisa foram utilizados dados pluviométricos da Funceme de 1974 a 2008.

Os dados da instituição cearense serviram de base para caracterizar o núcleo da estação chuvosa (março e abril) no Norte do Nordeste (N-NEB) e dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) referentes à Recife, também entre 1974 e 2008, foram utilizados para caracterizar o núcleo da estação chuvosa (junho e julho) do Leste do Nordeste (E-NEB). Importante ressaltar que o Ceará também registra precipitações durante a o período de chuvas no E-NEB, normalmente quando há eventos mais extremos por lá, atingindo aqui as regiões litorâneas e Jaguaribana, principalmente.

Os estudos do pesquisador africano mostraram que a variabilidade da precipitação dessas regiões é diferentemente influenciada pela dinâmica do Atlântico Tropical. Foram realizadas regressões lineares defasadas entre as anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), da Pseudo-tensão de cisalhamento de vento (PWS), do Fluxo de Calor Latente (LHF), da Umidade Especifica do Ar, e as anomalias (positivas e negativas) de precipitação forte.

Aubanis confirmou que, quando a zona de convergência intertropical (ZCIT) é anormalmente deslocada para o sul alguns meses antes do núcleo da estação chuvosa no Ceará, aumenta a precipitação durante o período das chuvas. Mostrou ainda que há grande influência e um efeito preditivo da região Noroeste do Atlântico Equatorial (NWEA) sobre a precipitação do N-NEB.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Funceme
18 de maio de 2015