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Mês de setembro registra cerca de 12 mil focos de calor no Ceará

6 de outubro de 2023 - 12:42 # #

O Ceará registrou, no último mês de setembro, 12.007 focos de calor em 179 municípios do Estado, conforme dados de 10 satélites. As informações estão no novo relatório da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

De acordo com o documento, as maiores concentrações foram em Icó (1222 focos), Sobral (521), Saboeiro (518), Ibiapina (401) e Acopiara (388). Juntos, esses municípios concentraram, aproximadamente, 25% das ocorrências registradas no Ceará.

Os dados de satélites, provenientes da plataforma do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são processados pela Funceme com intuito de quantificar e espacializar os focos de calor sobre áreas de interesse, a fim de subsidiar ações de contingência da Coordenadoria Estadual e das coordenadorias municipais de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros no enfrentamento de combate às queimadas irregulares e incêndios florestais no Estado.

‘A Funceme utiliza informações de todos os satélites de monitoramento a fim de detectar qualquer indício de fogo sobre a vegetação. Embora, ao utilizar dados de todos os satélites, pode haver uma superestimativa na contagem de focos de calor. Isso ocorre porque um episódio de queimada pode ser detectado por vários satélites em horários de passagem diferentes, especialmente se a queimada for de grande proporção e longa duração, como um evento de incêndio florestal, por exemplo”, explica Frank Baima, pesquisador da Funceme.

Entre os principais fatores que influenciam no elevado número de focos de calor identificados em setembro estão o baixo volume de chuva, as altas temperaturas e baixo índice de umidade relativa do ar. A Funceme destaca que os ventos estiveram mais intensos na faixa litorânea e nas regiões serranas, por exemplo.

“Essas condições de tempo quente e seco favorecem a propagação das queimadas na vegetação, o que, por consequência, muitas das vezes propicia o início de incêndios florestais”, finaliza o pesquisador.