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Funceme inicia intervenções de manejo sustentável na localidade do Brum, no município de Jaguaribe/CE

27 de junho de 2014 - 16:48

Trabalhos também têm caráter educativo, pois são realizados com a participação dos agricultores da região

No âmbito do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas em Processo de Desertificação, financiado pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) – Ministério do meio Ambiente (MMA), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) iniciou, em 2014, as intervenções técnicas de manejo da terra na localidade do Brum, no município de Jaguaribe.

As obras acontecem em um dos Núcleos de Desertificação do Estado do Ceará, numa área indicada, por estudos técnicos (PAE-CE, 2010 e FUNCEME, 2009), como em processo de desertificação e já começam a dar resultados satisfatórios.

Segundo Margareth Carvalho, supervisora do Núcleo de Meio Ambiente da Funceme, já foram feitos barramentos de contenção de sedimentos e terraços. “Já percebemos um acúmulo de umidade no solo e o ressurgimento de algumas espécies vegetais herbáceas no local”, comemora. Porém, ela diz que essas são apenas as primeiras intervenções. “Faltam ainda a implementação das técnicas de escarificação, sucamento e a aplicação da serapilheira, que é uma técnica de restauração da vida biológica em áreas degradadas, que promove, após determinado período, a melhoria dos atributos físicos e químicos do solo, além de sua recuperação no que concerne a vida microbiana e da cobertura vegetal.

Estudos

A Funceme realiza estudos e acompanha os processos de desertificação no Estado desde 1990, tendo realizado os primeiros mapeamentos que identificaram as Áreas Susceptíveis à Desertificação no Ceará. Em 2009 publicou um trabalho mais detalhado da região do Jaguaribe, que mostrou um avançado processo de degradação, o que motivou a elaboração desse projeto piloto de 5ha, nessa área já bastante degrada, sem uso e com elevando nível de erosão.

Vale ressaltar que a implementação das referidas técnicas está sendo realizada pelos próprios agricultores da região, possibilitando que, posteriormente, eles absorvam essa metodologia e possam replicá-la em outras áreas também degradadas do semiárido.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Funceme
12 de maio de 2014